31/10/2012

Hoje - Rubens Neco: Contos Jurídicos


Há 110 anos nascia o poeta Carlos Drummond de Andrade





Carlos Drummond de Andrade completaria 110 anos nesta quarta-feira (31). Grande divulgador do modernismo, o escritor entrou para a história da literatura brasileira essencialmente como poeta, apesar de sua produção incluir livros infantis, contos e crônicas.

Nascido em Itabira, no estado de Minas Gerais, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto, aos 23 anos, por insistência da família. Nesse período fundou com outros autores, como Emílio Moura, "A Revista", periódico de divulgação do modernismo no Brasil.

Após mudar-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete do Ministério da Educação até 1945, Drummond colaborou como cronista nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil. Na então capital federal lança algumas de suas obras mais importantes, como "Sentimento do Mundo" (1940), "A Rosa do Povo" (1945) e "Claro Enigma" (1951).

Uma das marcas da obra do escritor foi a variedade de temas. "Sua poesia é tanto amorosa quanto política. Trata tanto dos grandes acontecimentos como do cotidiano", disse ao iG o autor Silviano Santiago , palestrante da mesa de abertura da Flip 2012 , na qual o poeta foi o homenageado.

"Mas, em meio a tantos temas, é possível encontrar duas 'linhas de força'. No início, um individualismo ferrenho e rebelde. Depois, a aceitação dos valores patriarcais da sociedade mineira", completa.

Carlos Drummond de Andrade morreu em 17 de agosto de 1987, aos 84 anos. Durante a Flip deste ano foram lançados alguns trabalhos inéditos do escritor. Entre as principais publicações destacam-se "25 Poemas da Triste Alegria" (Cosac Naify), livro de 1924 nunca publicado pelo autor, e "Cyro & Drummond" (Editora Globo), que reúne 50 anos de correspondência entre Drummond e o escritor Cyro dos Anjos.

Sua obra oficial tem sido relançada pela Companhia das Letras , que venceu a disputa pelos direitos de Drummond com a Record. Entre os livros já lançados estão "A Rosa do Povo" (1945), "Claro Enigma" (1951), "Contos de Aprendiz" (1951), e "Fala, Amendoreira" (1957).

Dia D celebra obra do poeta Carlos Drummond de Andrade

 Para o Instituto Moreira Salles, não existe nenhuma pedra no caminho. Afinal esta quarta-feira (31), dia do aniversário de Carlos Drummond de Andrade, nascido em 1902, foi transformada pela entidade que cuida do precioso acervo do poeta no Dia D - Dia Drummond, que passa a figurar no calendário cultural do País. "Não queríamos que um material tão rico ficasse limitado aos muros do instituto", conta Flávio Moura, um dos curadores da festa, ao lado do poeta Eucanaã Ferraz. "Nossa inspiração foi o Bloomsday, que acontece todo 16 de junho, quando os irlandeses (e todo o mundo) comemoram a vida e a obra de James Joyce."

O ponto de partida foi envolver o maior número possível de admiradores do poeta, tanto famosos como desconhecidos. Assim, foi elaborada uma programação diversificada, que se espalha por diversas capitais brasileiras. Um dos destaques será a exibição do filme "Consideração do Poema", produzido pelo IMS justamente para a data, no qual nomes importantes da cultura brasileira leem poemas de Drummond, entre eles Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Hatoum, Fernanda Torres, Adriana Calcanhotto, Cacá Diegues, Antonio Cícero, Paulo Henriques Brito e Marília Pêra.

Com o evento, os curadores pretendem incentivar fãs anônimos a também lerem suas poesias preferidas: todos podem enviar por e-mail para o  site oficial seus próprios vídeos com leituras de poemas. O material vai inspirar um novo filme. Vale tanto famosos como "Poema de Sete Faces" ("Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem na sombra /falou: Vai, Carlos, ser gauche na vida") como o emblemático "No Meio do Caminho" ("No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho / tinha uma pedra / no meio do caminho tinha uma pedra'), que Mario de Andrade considerou formidável mas fruto de um cansaço intelectual.

Um terceiro vídeo também produzido pelo IMS estará disponível no site: "No Meio do Caminho" (2010) conta com 11 versões em língua estrangeira do poema mais conhecido de Drummond declamadas por personalidades diversas, como David Arrigucci Jr., Matthew Shirts, Jean-Claude Bernardet e Heloisa Jahn. E, para que a iniciativa ganhe as ruas, inúmeros adesivos foram espalhados por livrarias e centros culturais, promovendo o Dia D. 

Tantos festejos surpreenderiam o próprio homenageado. Meses antes de morrer, em 1987, o poeta estava seguro que, dali a dez anos, ninguém mais se importaria com sua obra. O excesso de modéstia certamente cegou o escritor, que deixou seus papéis cuidadosamente arquivados e catalogados, como se tivesse clareza quanto à importância de documentos ligados à vida literária na constituição - ou reconstituição - da história de uma carreira. Com informações do IG e Agência Estado.

Fonte: http://www.estacaodanoticia.com/index/comentarios/id/32792

24/10/2012

HOJE! Lançamento do poeta José Inácio Vieira de Melo




A Editora Escrituras, de São Paulo, acaba de publicar Pedra Só, o novo livro do poeta alagoano da Bahia José Inácio Vieira de Melo, que será lançado no Café com Letras, no próximo dia 24 de outubro, quarta-feira. Durante o lançamento, José Inácio fará o recital Aboios & Parábolas, no qual apresentará poemas de toda sua obra.

Sexto livro de JIVM, Pedra Só é o seu trabalho mais autobiográfico. No capítulo de abertura, que nomeia o livro, traz um longo poema dividido em 27 partes, revestido de tons épicos e flertando com a linguagem bíblica. Pedra Só é o nome de uma fazenda onde o poeta tem o privilégio de passar uma parte de seu tempo. Então, na Fazenda Pedra Só, no Sertão da Bahia, o poeta inventou um entrelugar, com o mesmo nome da propriedade, para dar evasão aos seus delírios poéticos. E é a partir da Pedra Só que frequenta os lugares mais recônditos e inóspitos da sua memória, buscando o barro fundamental – a poesia primeva – para fazer a ligação do seu ser com a arte e criar seus poemas. 

O primeiro capítulo, “Pedra Só”, faz um movimento de retorno às origens sertânicas do poeta com uma intensidade que até então não havia experimentado em sua obra, e é assim também no segundo capítulo, intitulado “Aboio Livre”. A terceira seção é a “Toada do Tempo”, em que usa com mais frequência o verso medido e que situa o poeta dentro do tempo, medindo sua finitude e, paradoxalmente, fazendo-o perceber-se atemporal. A quarta seção, chamada “Partituras”, é onde aparecem as cantigas e os cânticos de louvor. E, por derradeiro, o capítulo “Parábolas”, em que acentua o surrealismo, criando uma esfera fantástica impregnada de misticismo. 

Pedra Só tem um primoroso projeto gráfico e conta com imagens do fotógrafo mineiro Ricardo Prado, feitas na Fazenda Pedra Só, e com um perfil do autor assinado pelo jornalista Gabriel Gomes, intitulado “O Poeta e a Pedra. Só”. O texto das orelhas é do poeta Vitor Nascimento Sá, no qual alerta o leitor: “A poesia de José Inácio Vieira de Melo não se estabelece no convencimento racional nem nas prerrogativas de cunho moral, mas na percepção do maravilhoso que é produzido como êxtase e fulguração, descoberta e alumbramento”. A contracapa traz texto do renomado escritor português Gonçalo M. Tavares, que assim definiu o novo trabalho de JIVM: “E aqui temos a forte síntese: o solo firme e a imaginação – uma das características essenciais desta Pedra Só de José Inácio Vieira de Melo”. No posfácio, além do perfil feito por Gabriel Gomes, há um poema telúrico/metafísico de Elizeu Moreira Paranaguá em homenagem ao Cavaleiro da Pedra Só.  




José Inácio Vieira de Melo (1968), alagoano radicado na Bahia, é poeta, jornalista e produtor cultural. Publicou os livros Códigos do silêncio (Salvador: Letras da Bahia, 2000), Decifração de abismos (Salvador: Aboio Livre Edições, 2002), A terceira romaria (Salvador: Aboio Livre Edições, 2005) – Prêmio Capital Nacional de Literatura 2005, de Aracaju, Sergipe, A infância do Centauro (São Paulo: Escrituras Editora, 2007), Roseiral (São Paulo: Escrituras Editora, 2010) e a antologia 50 poemas escolhidos pelo autor (Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2011). 

Coordenador e curador de vários eventos literários, como o Porto da Poesia, na VII Bienal do Livro da Bahia (2005), a Praça de Cordel e Poesia, na 9ª e na 10ª Bienal do Livro da Bahia (2009, 2011) e o Cabaré Literário, na I Feira do Literária Ler Amado, em Ilhéus (2012), assim como os projetos A Voz do Poeta (2001) e Poesia na Boca da Noite (2004 a 2007), ambos em Salvador. Atualmente é curador dos projetos Uma Prosa Sobre Versos, em Maracás, e Palavra de Poeta, em Planaltino. 

Tem poemas traduzidos para os seguintes idiomas: espanhol, francês, italiano, inglês e finlandês. Foi coeditor da revista de arte, crítica e literatura Iararana, de 2004 a 2008. Edita o blog Cavaleiro de Fogo: www.jivmcavaleirodefogo.blogspot.com

Serviço: Lançamento de José Inácio Vieira de Melo - Pedra Só 
Café com Letras, 203 sul bloco C lj 19 
Dia 24 de outubro, quarta-feira
Horário: 19h30 

Mais informações: José Inácio Vieira de Melo 
Fones: (73) 8845 5399 / (73) 3526 1936 
E-mail: jivmpoeta@gmail.com 
Facebook: www.facebook.com/jivmpoeta

22/10/2012

Amanhã tem Conversa de Botequim na Terça Crônica


A ordem é a da delicadeza. Carlos Drummond de Andrade, um ourives das palavras, e Noel Rosa, um artesão das melodias, aproximam-se esteticamente no quinto módulo do Terça Crônica, dia 23 de outubro (terça-feira), às 20h, no Café com Letras (203 Sul), com entrada franca, numa noite que promete ficar cravada na memória. 


Carlos Drummond de Andrade

“Dois gênios do apuro da arte. Orgulho-me de servir como canal a esses dois cavalheiros”, declara Jones de Abreu, ator e criador do projeto da Criaturas Alaranjadas Cia. de Teatro.


Drummond e Noel servem de mote para que Jones de Abreu leia as crônicas do mestre da literatura enquanto Alex Souza interprete as canções do sambista e poeta de Vila Isabel. Os dois ainda recebem o professor de literatura Marco Antunes para falar sobre a genialidade de Drummond. “Alex vai aproveitar e contar causos de Noel Rosa. O clima é de uma conversa de botequim”, adianta Jones.

Noel Rosa

Com casa lotada a cada edição, o Terça Crônica no Café com Letras é um dos projetos vencedores do edital nacional Procultura para Programação Cultural de Livrarias, do Ministério da Cultura. 

Até dezembro, serão nove sessões quinzenais que vão privilegiar grandes nomes da crônica nacional, com a presença de convidados da cidade. Criado em 2008 em temporada no Teatro Goldoni, Terça Crônica já participou da Feira do Livro (2010) de Brasília e da I Bienal do Livro e da Leitura (2012), fazendo também itinerância pelas cidades de Ceilândia e Taguatinga, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O projeto se desdobrou ainda no Quinta Crônica (de 2008 a 2011) e no programa Canto das Letras, atualmente apresentado mensalmente na TV Câmara.


TERÇA CRÔNICA 

Com Jones de Abreu e Alex de Souza. 
Crônicas de Carlos Drummond de Andrade e canções de Noel Rosa. Participação: Marco Antunes.  Dia 23 de outubro, terça-feira, às 20h, com entrada franca. 
Após a apresentação, a  programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com repertório do cancioneiro popular e couvert a R$ 7.  
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 10 anos.


Atenção: a casa tem espaço limitado para 60 pessoas sentadas. O acesso se dará por ordem de chegada.



PROGRAMAÇÃO 2012 
23 de outubro: Crônicas de Carlos Drummond de Andrade e canções de Noel Rosa / 6 de novembro: Crônicas de Lya Luft e canções de Tim Maia / 20 de novembro: Crônicas de Miguel Falabella e canções de Rita Lee / 4 de dezembro: Crônicas de Maitê Proença e canções de Vinicius de Moraes / 18 de dezembro: Cronista especialmente convidado e canções de Alex Souza.


Fonte: Terça Crônica