Em comemoração ao Dia da Consciência
Negra, a Cojira-DF traz a escritora Neusa Baptista, cuja obra aborda a estética
negra do ponto de vista de três meninas em ambiente escolar
Da
Assessoria
A
história de três meninas negras vivenciando no ambiente escolar suas angústias
com a estética e seus cabelos crespos é a abordagem do livro “Cabelo Ruim?”, da
jornalista e escritora Neusa Baptista, que será lançado no próximo dia 19, em
Brasília.
O
evento faz parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, organizado pela
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal (Cojira-DF),
com apoio do grupo Pretas Candangas e da Griô Produções.
O
lançamento será às 19h30, na livraria Café com Letras. A comemoração contará
ainda com apresentação de músicos negros, como o cantor e compositor Daniel
Junior e convidados, e recital de poemas, com poetas do projeto Poemação,
liderado por Jorge Amâncio.
A livraria
Café com Letras fica na 203 Sul, Bloco C, Loja 19
A
Autora
Neusa
Baptista é jornalista, graduada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
e trabalhou em alguns dos mais importantes veículos de comunicação daquele
Estado e atualmente dirige a Agência de Comunicação Popular, pela qual presta
assessoria e consultoria a sindicatos de trabalhadores, entidades do movimento
social, evento e projetos culturais e educativos.
O
Livro
“Cabelo
Ruim?” teve sua primeira edição lançada em 2006 na Literamérica – Feira Sul
Americana do Livro, em Cuiabá (MT). O livro é fruto do “Projeto Pixaim: nem bom
nem ruim, só diferente: estímulo à valorização do cabelo crespo entre crianças
da periferia de Cuiabá”, com recursos do Fundo Estadual de Fomento à Cultura,
pelo qual a autora realizou rodas de leitura com crianças da periferia, em
parceria com professores, escolas e projetos sociais.
Em
2007, a Carlini & Caniato Editorial decide publicar o livro pelo selo
TantaTinta. Em seguida “Cabelo Ruim?” é adaptado ao teatro pelo Grupo Teatral
Vida, de Cuiabá. A peça “A história do cabelo ruim” tem grande aceitação em
escolas de Cuiabá e em 2008 o grupo participa com ela da Mostra Internacional
de Teatro Infantil (MITI) e faz bastante sucesso entre as crianças e
adolescentes, tendo participado de outros eventos literários durante o ano.
Projetos
Em
2009, a autora passa a integrar o projeto Circuito Pixaim, desenvolvido pela
CUFA-MT, que oferece oficinas de tranças e de leitura do livro Cabelo Ruim? Na
periferia de Cuiabá. A ação forma as primeiras ‘trançadeiras’ do projeto.
Em
2010, é aprovado o Ponto de Cultura Pixaim, que passa a funcionar na sede da
CUFA-MT, oferecendo oficinas de tranças e bonecas negras, associados a
atividades de leitura do livro.
A
ação se expande com a articulação local da CUFA-MT, surgem novas iniciativas em
parcerias com escolas e creche da região, além de ações externas. Entre elas, a
participação do Ponto de Cultura na Feira Probeleza e na Feira do Empreendedor.
No
mesmo ano, o “Projeto Pixaim: nem bom nem ruim...” viaja por 30 cidades, com
uma nova peça teatral, oficinas de leitura e de tranças e doação de 5 mil
livros.
Com
o apoio da Secretaria de Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão (SECADI) e da Secretaria de Estado de Educação, é
realizado em duas escolas públicas o projeto “Pixaim nas Escolas”, com oficinas
diferenciadas de leitura em sala de aula e de tranças e bonecas aos finais de
semana, kits com bolsa do projeto, camiseta, exemplar do livro e bonecas das
personagens.
Em
2011, a autora deixa a CUFA-MT e, em novembro, realiza o projeto “Pixaim:
trançando ideias na escola”, ação inscrita no edital Microprojetos na Amazônia
Legal, da Funarte. São feitas oficinas de leitura para alunos e professores de
quatro escolas públicas e distribuído kit com bonecas, livro e camiseta, dentro
da programação da Semana da Consciência Negra.
O
livro tem sido adotado formal e informalmente como material paradidático em
vários estados do país. Em 2012, foi adotado oficialmente pela rede de Escolas
Adventistas em Mato Grosso.
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