O que? "II Encontro de Leitores Antes Que a Rotina Nos Separe De..."
Onde? Café com Letras, 203 sul
Quando? 10 de junho de 2010, às 21h.
Quem? Leitores que cultivam o prazer de ler e debater
Como? Indo ao Café no dia marcado
Por quê? Interagir, papear e trocar impressões deixa a rotina mais legal, antes que a gente se separe dos momentos bons da vida!
Livro? Os suicidas, de Antonio Di Benedetto. Tradução: Maria Paula Gurgel Ribeiro. Editora Globo, 2005, 168 páginas. (Literatura estrangeira – Latino americana)
Sobre o autor:
Antonio Di Benedetto nasceu em Mendoza (Argentina) em 2 de novembro de 1922. Estudou alguns anos de advocacia, mas dedicou-se à imprensa, tendo recebido do governo francês uma bolsa para realizar estudos superiores nessa especialidade.
Foi subdiretor do jornal Los Andes e correspondente do joral La Prensa. Em 1953, publicou seu primeiro livro, 'Mundo animal', de contos. Dis anos depois, outro volme de contos, intitulado 'El pentágono'.
Mas foi sobretudo com a trilogia de romances 'Zama' (1956), considerado seu principal trabalho, 'El silenciero' (1964) e 'Los suicidas' (1969) que ele veio a se tornar um dos principais prosadores latino-americanos do século XX.
Publicou ainda muitos outros livros: 'Cuentos claros a Grot' (1957), 'Declinación y Angel' (1958, contos), 'El cariño de los tontos' (1961, contos), 'Absurdos' (1978, contos), 'Cuentos del exilio' (1983) e 'Sombras, nada más' (1985, romance), dentre outros.
Di Benedetto recebeu diversos prêmios e distinções: o governo italiano condecorou-o como cavaleio da Ordem de Mérito em 1969; a Alliance Française concedeu-lhe a medalha de ouro em 1971; foi designado membro fundador do Club de los XIII em 1973; no ano seguinte, recebeu a bolsa Guggenheim.
Em 1976, imediatamente após o golpe militar de 24 de março, Di Benedetto foi seqüestrado pelo exército argentino. Permaneceu preso até o dia 4 de setembro de 1977, sem nunca ter sabido a razão de seu encarceramento.
Exilou-se nos Estados Unidos, na França e na Espanha, somente retornando à Argentina em 1985. Faleceu vítima de um derrame cerebral em 10 de outubro de 1986, em Buenos Aires.
Foi subdiretor do jornal Los Andes e correspondente do joral La Prensa. Em 1953, publicou seu primeiro livro, 'Mundo animal', de contos. Dis anos depois, outro volme de contos, intitulado 'El pentágono'.
Mas foi sobretudo com a trilogia de romances 'Zama' (1956), considerado seu principal trabalho, 'El silenciero' (1964) e 'Los suicidas' (1969) que ele veio a se tornar um dos principais prosadores latino-americanos do século XX.
Publicou ainda muitos outros livros: 'Cuentos claros a Grot' (1957), 'Declinación y Angel' (1958, contos), 'El cariño de los tontos' (1961, contos), 'Absurdos' (1978, contos), 'Cuentos del exilio' (1983) e 'Sombras, nada más' (1985, romance), dentre outros.
Di Benedetto recebeu diversos prêmios e distinções: o governo italiano condecorou-o como cavaleio da Ordem de Mérito em 1969; a Alliance Française concedeu-lhe a medalha de ouro em 1971; foi designado membro fundador do Club de los XIII em 1973; no ano seguinte, recebeu a bolsa Guggenheim.
Em 1976, imediatamente após o golpe militar de 24 de março, Di Benedetto foi seqüestrado pelo exército argentino. Permaneceu preso até o dia 4 de setembro de 1977, sem nunca ter sabido a razão de seu encarceramento.
Exilou-se nos Estados Unidos, na França e na Espanha, somente retornando à Argentina em 1985. Faleceu vítima de um derrame cerebral em 10 de outubro de 1986, em Buenos Aires.
Sinopse:
Publicado pela primeira vez em 1969, o livro conta a história de um jornalista que, ao se aproximar de seu trigésimo terceiro aniversário, começa a recordar o suicídio do pai, que se matou justamente com essa idade. Para piorar a situação, o jornalista é incumbido de fazer uma reportagem justamente sobre suicidas.
O livro, então, se desenvolve com a principal personagem caçando histórias de suicidas, visitando necrotérios e locais onde as pessoas tentam se suicidar e, até mesmo, testemunhando uma cena, descrita em ritmo quase vertiginoso, em que um rapaz ameaça saltar de um edifício.
Como se não bastasse, o jornalista ainda precisa percorrer a literatura sobre os suicidas. O livro, assim, recolhe um grande número de citações da literatura, filosofia e ciências sociais, formando uma espécie de antologia irônica sobre o suicídio. Paralelamente, o jornalista recorda-se do pai e começa, sempre muito turvamente, a pensar no próprio suicídio.
No dia do fatídico aniversário, a personagem principal acaba mergulhando em um torvelinho psicológico cuja conseqüência é completamente inesperada.
O final do livro, tão surpreendente quanto sua estrutura formal, talvez deixe o leitor perplexo. Aliás, o engenho do autor se revela principalmente na capacidade de conseguir extrair sensações diferentes, como humor, ironia e perplexidade, de um tema não raro na literatura e muitas vezes trágico.
Esquematizado em pequenos fragmentos, que conduzem a literatura a uma velocidade tão vertiginosa quanto a psicologia das personagens, a narrativa de fato reordena diversos tópicos literários; temos aqui um livro argentino que se passa na Europa, cuja trama reclassifica sua possível tragicidade em outros níveis, tudo por meio de uma estrutura inovadora e bastante diferente da que era praticada pelos pares latinos de Di Benedetto.
O livro, então, se desenvolve com a principal personagem caçando histórias de suicidas, visitando necrotérios e locais onde as pessoas tentam se suicidar e, até mesmo, testemunhando uma cena, descrita em ritmo quase vertiginoso, em que um rapaz ameaça saltar de um edifício.
Como se não bastasse, o jornalista ainda precisa percorrer a literatura sobre os suicidas. O livro, assim, recolhe um grande número de citações da literatura, filosofia e ciências sociais, formando uma espécie de antologia irônica sobre o suicídio. Paralelamente, o jornalista recorda-se do pai e começa, sempre muito turvamente, a pensar no próprio suicídio.
No dia do fatídico aniversário, a personagem principal acaba mergulhando em um torvelinho psicológico cuja conseqüência é completamente inesperada.
O final do livro, tão surpreendente quanto sua estrutura formal, talvez deixe o leitor perplexo. Aliás, o engenho do autor se revela principalmente na capacidade de conseguir extrair sensações diferentes, como humor, ironia e perplexidade, de um tema não raro na literatura e muitas vezes trágico.
Esquematizado em pequenos fragmentos, que conduzem a literatura a uma velocidade tão vertiginosa quanto a psicologia das personagens, a narrativa de fato reordena diversos tópicos literários; temos aqui um livro argentino que se passa na Europa, cuja trama reclassifica sua possível tragicidade em outros níveis, tudo por meio de uma estrutura inovadora e bastante diferente da que era praticada pelos pares latinos de Di Benedetto.
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