Café com Letras
Livros, ideias e confluências musicais. Um programa criado para pessoas que amam livros e bons papos regados a um bom café. Aqui no Café com Letras, você saboreia as palavras.
27/04/2009
Tibério Gaspar tem o que contar... e cantar em Brasília
Café com Letras
07/04/2009
PAPO COM LETRAS ESPECIAL COM O ESCRITOR PARAENSE JOÃO BOSCO MAIA
O Café com Letras, dando sequência à série de eventos “Papo com Letras” – onde recebe escritores para conversarem e debaterem com os leitores – irá receber no próximo dia 15 de abril, quarta-feira, um visitante paraense, o escritor João Bosco Maia que participou recentemente do FSM, o Fórum Social Mundial.
O autor de Memórias Quase Póstumas de um ex-torturador não mora em Belém e não vive de escrever: é analista previdenciário em Santa Izabel. É também professor de Língua Portuguesa na rede estadual de ensino e atua, eventualmente, como professor convidado na Universidade Estadual do Maranhão. O livro quebrou um jejum de 18 anos sem novos trabalhos de Bosco Maia, que já havia produzido outros romances como estudante do curso de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA). João Bosco tem ainda um quarto romance inédito, inscrito em concurso literário, e está preparando o quinto, cujo título provisório é 666 – O tragicômico percurso.
No Papo com Letras, os leitores poderão encontrar três de seus livros: Olhai por nós, romance policial escrito em 2006 que levanta questões polêmicas sobre justiça, legalidade, poder, pobreza, religião e preconceitos sociais. As cartas anônimas de Robledo, a história de um jovem policial do DOPS, que sabe desde o início que vai morrer, de faca ou através do gatilho que o próprio autor coloca nas mãos do leitor durante a narrativa. As Memórias Quase Póstumas de um ex-torturador, texto vencedor do Prêmio IAP de Literatura de 2006, concedido pelo Instituto de Artes do Pará, na categoria romance, uma ousada produção que renova os cânones tradicionais da produção estética que, por sua transcendência, exprime as variadas manifestações de crueldade de que é capaz o ser humano.
Longe das grandes livrarias – que, com algumas exceções, mantêm lacunas imperdoáveis em seus catálogos – ele lamenta a quase inexistência de pequenas livrarias. "Tenho observado que, mesmo nos maiores municípios, inexistem livrarias. Livro não é um bom negócio: antes o é um bom boteco e todos os seus derivados.” Para quebrar esse paradigma, o Café com Letras, há dez anos, promove lançamentos e encontros, oferecendo a oportunidade aos leitores de conhecer o processo de produção literária de cada autor.
Serviço:
Papo com Letras com o escritor paraense João Bosco Maia
Estarão disponíveis as obras:
As cartas anônimas de Robledo, Policromos, 215 p., Pará, 2008, R$ 25,00.
Olhai por nós, GTR, 204 p., Pará, 2006, R$ 25,00.
Memórias quase póstumas de um ex-torturador, IAP, 172 p., Pará, 2006, R$ 25,00.
Local: Café com Letras, SCLS 203 sul bloco C loja 19 – Asa Sul.
Data: 15 de abril, quarta-feira.
Horário: a partir das 20h.
Entrada franca.
Maiores Informações:
cafe.letras@gmail.com
(61) 3322-4070 / 3322-5070
Informações para a Imprensa:
Juliana Medeiros (61) 9999-8843
julianams.webjornal@gmail.com
31/01/2009
Não perca hoje: A eternidade e o desejo

Clara é uma jovem professora portuguesa que decide voltar a Salvador anos após uma terrível experiência na cidade: ao tentar salvar das balas o homem que amava, levou um tiro que a deixou cega.
Regressa ao Brasil para seguir as pegadas de Padre Antônio Vieira, buscando conforto e inspiração em seus sermões, ao mesmo tempo em que relembra o passado e começa, lentamente, a mergulhar no sincretismo religioso baiano. Na viagem, é acompanhada de Sebastião, amigo que lhe empresta a visão das coisas e das cores, e que não pode viver sem ela, apesar de não ser correspondido em suas paixões.
Guiada pelos sermões do Padre Antônio Vieira, que lhe servem de inspiração e estímulo para seguir adiante, e acompanhada por Sebastião, amigo que a ama sem ser correspondido, Clara visita as igrejas históricas de Salvador, percorre os mercados e o Pelourinho, encanta-se pelo candomblé e seus orixás. E descobre, ao conhecer o jovem Emanuel, que ainda é capaz de sentir desejo e paixão. “Não vendo, só te vejo a ti”, diz ela, que irá reencontrar um caminho para a vida. E, acima de tudo, descobrir um novo significado para o amor e o desejo.
Um romance arrebatador, A eternidade e o desejo confirma Inês Pedrosa como uma das autoras mais talentosas de sua geração.
23/12/2008
30/11/2008
22/11/2008
15/11/2008
O Onipresente
Crônica enviada por Joelma (a Capitu de Sampa)
Terra Magazine
Por José Pedro Goulart
De Porto Alegre (RS)
De todos os poderes de Deus, um sempre foi o mais assustador para mim: o da onipresença. Isso na razão dos meus 12, 13 anos. Quer dizer que em qualquer lugar que eu estivesse, qualquer coisa que eu fizesse, Ele estaria olhando?! Mas isso era uma tremenda injustiça, além duma baita falta de educação.
Deus sabia, portanto, de todos pecados cometidos por mim. Eu era pedófilo: estava apaixonado por uma guria de 10 anos, a Suzi. Era invejoso: queria ser um outro cara, o Japa, que era mais forte, bom de bola e namorava a...Suzi. Era infiel, eu amava igualmente a Thaís, a Sandra, a professora de inglês, enfim tudo que usasse saias, exceto padres.
Ter uma namorada, portanto, era uma obsessão, e isso com um grau de exigência inversamente proporcional ao tamanho do meu nariz. Foi então que numa certa manhã, no recreio, comendo uma pastelina distraidamente, notei uma menina, morena, cabelos escuros, lisos e longos, lindíssima, olhando para mim. Será? Noutro dia, idem. No terceiro, trocamos um aceno. No quarto, trêmulo diante do olhar de Deus, eu roubei a jaqueta nova da minha irmã: iria à aula com o que tínhamos de melhor em casa, mesmo arriscando um estágio no inferno.
Passou uma semana e nada de papo, só acenos, de parte a parte. E mesmo assim, de longe. Mas eu flutuava pelos corredores, se me pedissem, daria autógrafos. Eu era o cara. De modo que quando o Rato me disse o que disse, eu demorei a compreender. Ele disse: "Fiquei sabendo que tu tá namorando a perebenta?". Perceba, amigo: eu nunca havia falado com ela, sequer me aproximado muito. Eram só acenos distantes na hora do recreio.
Mas então o Rato veio com a notícia aterradora, a guria tinha perebas no pescoço, no rosto, sei lá onde mais. A primeira coisa que eu fiz foi tirar a jaqueta; a segunda foi parar de devolver os acenos, o que provocou tristeza na guria, pude notar, que depois, nos outros dias, transformou-se em desprezo, pude sentir.
Novo semestre, férias de julho, o tempo é melhor do que mertiolate para certas feridas. Naquela época havia uma turma que todo garoto gostaria de freqüentar, mas só uns poucos eram os escolhidos. Eu, por exemplo, estava muito longe de ser um deles. Cabia a mim apenas o papel de espectador e olhe lá. Essa turma era liderada pelo Japa, já citado, e pelo Tony, o cara mais boa pinta do colégio. E o Tony não era só bonito. Com 14 anos, ele tinha uma moto cinqüentinha! Sendo o Tony, portanto, você poderia namorar quem quisesse. De modo que quando a notícia chegou aos meus ouvidos, demorei em ligar todos os pontos: "Tu já viu a morena que o Tony tá namorando? Cara é a guria mais gostosa do colégio".
Um dia depois eu vi o Tony, desfilando triunfante pelo recreio. Alexandre da Macedônia entrando pela primeira vez na rua principal da Pérsia. Estiquei o pescoço, queria ver a tal guria fenomenal que vinha de mão com ele. Estarrecido, com a sensação de que o chão tinha virado mingau de maisena, reuni algum restinho de força e perguntei para o Paulão, que, como eu, olhava a cena: "Mas ela não tinha um monte de perebas?". E ele disse: "Que nada, são só umas manchinhas no pescoço. Tri charmosas, por sinal".
Olhei para cima e Ele lá, como sempre. Só me sacando.
01/11/2008
Abertas as inscrições! Oficina de textos

Com duração breve, e apenas uma vez por semana, a oficina servirá de aquecimento àqueles que pretendem melhorar o texto ou mesmo exercitar esta atividade.
As vagas são limitadas!
Fale conosco e garanta a sua participação!
Início: 10 de novembro (até 15/12)
Período: segundas-feiras, de 19h30 às 21h
Duração: 6 semanas
Informações: 9961-6971
02/10/2008
Safatle hoje no Café com Letras

cafe.letras@gmail.com
(61) 3322-4070 / 3322-5070
01/10/2008
Música(lização) & Poesia com Anand Rao & Anabe Lopes
Anad Rao - 20 livros publicados e 03 CDs lançados - Compõe no palco, na frente de todos, e, simulltaneamente, executa ao violão melodias para textos, poemas e falas. A esta performance inovadora vem chamando MPBJazz. Conta que tal performance decorre de intensa busca por uma linguagem particular capaz de integrar poesia, música e momento. Compositor compulsivo, compõe com muita naturalidade. Promete fazer música para todos e com todos.
Anand Rao se apresenta em shows por todo o Brasil sempre na companhia de outro poeta. Para este show, Anand convidou Anabe Lopes.
Anabe Lopes - Há cinco anos participa do sarau da Câmara dos Deputados e há cerca de dois integra a Tribo das Artes, movimento de militância cultural que já existe há quase uma década. A Tribo das Artes realiza saraus mensais, sempre na segunda terça-feira do mês, no botequim Blue, na praça do DI em Taguatinga. Anabe participa ainda da Academia de Letras e Artes (ALA), composta por servidores do TCU e do legislativo e artistas da cidade. Representa a ALA na organização do sarau Quintas das Artes, em paraceria com o o Espaço Cultural Marcantonio Vilaça/TCU, evento patrocinado pelo Sindilegis. Ocupa a cadeira 36 da ACLAP - Academia Ceilandense de Letras e Artes Populares, cujo patrono é o poeta Francisoco Morojó (Pezão). Atualmente a ACLAP está sob a presidência da escritora Percília Júlia Toledo.
Musica(lização) & Poesia
Café com Letras, 203 Sul.
Couvert: R$ 5,00 (cinco reais)
Horário: 21 h
Data: 03 de outubro, sexta.
Contatos
Anand Rao: (61)99839873 e anandrao@terra.com.br
Anabe Lopes – (61) 99827161 e anabe.poesia@yahoo.com.br